Uberlândia é destaque em reportagem do Jornal Valor Econômico sobre destinação correta de resíduos sólidos
Os destaques positivos de coleta e destinação de resíduos sólidos entre as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes ficam por conta de Uberlândia (MG), Ribeirão Preto (SP), João Pessoa, Maceió e São Paulo. São cidades que além de destinar corretamente os resíduos sólidos, possuem as menores médias de resíduos por habitante. Já Macapá, Campo Grande, Duque de Caxias, Teresina e Brasília aparecem nas últimas posições por ainda utilizarem lixões e terem as maiores médias de resíduos gerados por habitante.Porto Velho, Boa Vista, Cuiabá, Aracaju e São Luiz também estão entre as capitais que ainda adotam lixões como destinação final para seus resíduos. Brasília, que está no pé da lista, informa que há projeto para construção de aterro sanitário em Samambaia (DF), que vai atender todos os 2,6 milhões de habitantes do Distrito Federal. De acordo com a assessoria de imprensa do governo distrital, o projeto já possui licença ambiental, mas não tem previsão de custos. O governo do Distrito Federal informa que a implantação deve ocorrer antes de 2014, prazo do Plano do Nacional de Resíduos Sólidos.
Em Uberlândia, que aparece na melhor posição da lista, a coleta cobre todos os 600 mil moradores e envolve cerca de 450 toneladas por dia. A cidade possui aterro desde 1995 e utiliza usina de biogás para gerar energia a partir dos gases do aterro desativado, abastecendo hoje 20 mil residências.
Na capital paulistana, os aterros existem desde a década de 70. Atualmente, há dois que foram encerrados (Bandeirantes e São João) e dois que estão em uso (Caieiras e Aterro Floresta). Com a destinação dos resíduos solucionada, a cidade já começa a implantar a coleta mecanizada, com contêineres de superfície e até subterrâneos. “Saco na rua é coisa do passado. Causa problema visual e de saúde pública. Queremos gradual e permanentemente ir substituindo a forma como é feita a coleta”, afirma o diretor-presidente da Loga, Luiz Gonzaga Alves Pereira. A empresa é responsável pela coleta do lixo de 6 dos 12 milhões de paulistanos.
No caso da coleta de superfície, o contêiner com capacidade de 2 mil litros fica no meio do quarteirão e um caminhão especial é utilizado em dias alternados. No caso dos contêineres enterrados, utilizado em Parada de Taipas, na região norte da cidade, e no Mercado Central, há duas entradas, uma para resíduos secos e outra para lixo orgânico. “Moradores possuem cartão magnético, que abre o contêiner e permite o depósito do lixo. Quando os resíduos atingem 80% da capacidade do contêiner uma mensagem é enviada à central e o caminhão vai fazer a coleta”, diz.
Pereira informa que a coleta mecanizada está prevista para começar em 2014, mas o projeto piloto foi antecipado. Até 2014, serão 900 contêineres de superfície e 40 enterrados. Pelo contrato de concessão, a empresa precisa instalar entre 2014 e 2018 a coleta mecanizada para 21 mil metros cúbicos de resíduos, cobrindo 15% da população que atende na cidade.