Prefeitura reforça pedido de apoio para combate ao Aedes
O alerta vermelho em relação ao mosquito Aedes Aegypt segue ligado para a população de Uberlândia. Além das mais de três mil notificações de casos suspeitos da dengue, foi confirmado pela Vigilância Epidemiológica o primeiro óbito provocado pela doença neste ano na cidade. Por isso, mais do que nunca, a Prefeitura de Uberlândia reforça com a comunidade o apoio para eliminar os criadouros do mosquito e redobrar a atenção nos cuidados com a doença
“Infelizmente, tivemos a primeira confirmação de óbito por dengue. É uma situação que nos deixa triste, pois estamos trabalhando diariamente. Por isso, faço um apelo para a comunidade nos ajudar a eliminar esses criadouros que estão nos quintais. A dengue tem risco de morte e essa confirmação é a prova disso”, destacou o diretor de
Iniciativas municipais
O último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), referente a nona semana do ano, aponta um aumento de 922 casos em comparação com a última semana. No mesmo período de 2018, eram apenas 277 registros.
Os esforços constantes da Secretaria Municipal de Saúde ganharam atenção extra. Além das 14 ações praticadas rotineiramente pelo Programa de Controle da Dengue, foram abertas cinco salas de hidratação nas Unidades de Atendimento Integrado de Saúde (UAI) dos bairros Luizote, Martins, Planalto, Roosevelt e Tibery. A iniciativa evita que os pacientes com suspeita da doença tenham complicações nos sintomas.
Durante solenidade realizada na última terça-feira (26), o prefeito Odelmo Leão também autorizou a compra de 10 termonebulizadores. O equipamento funciona acoplado em um veículo – assim como no conhecido fumacê, que é fornecido pelo Estado – e aplica adulticida para combater o mosquito já em fase adulta.
Atenção aos quintais
O primeiro Levantamento de Índices Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em janeiro, também preocupa: 5,2% dos 12.582 imóveis vistoriados têm focos de reprodução do agente transmissor dengue, zíka vírus, chikungunya e febre amarela. Dos locais visitados, 76% eram residências com criadouros. Deste percentual, 95% corresponde aos focos encontrados nos quintais.
De acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, José Humberto Arruda, o principal empecilho para o trabalho dos agentes de saúde é justamente a falta de hábito dos moradores com a limpeza e cuidados com os quintais.
“De forma recorrente, pesquisa após pesquisa, percebemos o criadouro dentro do quintal. O maior desafio é levar uma mensagem de conscientização que provoque no cidadão o entendimento e a atitude. Às vezes, o morador acha que o foco está na casa do vizinho, sendo que na verdade pode estar até na casa dele. Reforço com a população: olhem os quintais e compartilhem o máximo de informação possível com os familiares, amigos e vizinhos. A dengue mata e temos que evitar isso”, acrescentou Arruda.
SECOM