Prefeitura abre novos leitos para o enfrentamento à Covid-19 no antigo Hospital Santa Catarina
A partir desta terça-feira (14), a população ganha um novo aliado no combate ao novo coronavírus. Após mais de 20 dias de trabalho para fazer a recuperação da estrutura e de vários equipamentos essenciais para funcionamento de leitos de UTIs, o Hospital Santa Catarina já está estruturalmente pronto e equipado, prestes a começar a receber os pacientes que necessitem de cuidados especiais na recuperação da doença (Covid-19). No Domingo de Páscoa (12), o prefeito Odelmo Leão apresentou a estrutura à imprensa e autoridades do município, dentre eles o bispo Dom Paulo, Ministério Público Estadual e Federal, Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e Exército Brasileiro.
O local será utilizado como anexo do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro. Com isso, os atendimentos não serão de porta aberta, mas sim para munícipes uberlandenses a partir de encaminhamentos feitos pela Central de Regulação da rede municipal. Ao todo, serão disponibilizados, neste primeiro momento, 20 leitos de UTI e cerca de 66 de enfermaria, com possibilidade de ampliação para mais 10 leitos de UTI e outros 20 de enfermaria.
“Mandei investir e abrir o hospital, pois não estamos olhando pelo gasto, mas pela vida. Agora será feita a última fase de desinfecção patológica para que na terça comecemos a receber os pacientes com Covid-19 que estão no Hospital Municipal. Aquele que também for testado e confirmado será encaminhado para cá. Nós vamos concentrar neste anexo o tratamento contra a Covid-19”, explicou o prefeito.
A reforma do local começou logo após a publicação no Diário Oficial do Município, no dia 23 de março, do requerimento para utilização da estrutura no combate ao novo coronavírus. Diante do cenário mundial de falta de leitos e condições de atender a todos, o prefeito Odelmo Leão fez a solicitação a fim de minimizar na cidade os impactos da pandemia provocada pela Covid-19. “A estrutura estava parada e, diante do cenário de urgência, identificamos a possibilidade de reativá-la para garantir mais leitos de UTI no tratamento de possíveis complicações do coronavírus”, justificou o prefeito Odelmo Leão.
Com o requerimento para utilização da unidade, que estava fechada há quatro anos, a atual administração precisou fazer reparos estruturais e elétricos, limpeza e higienização dos leitos, pinturas e a recuperação de vários materiais e equipamentos indispensáveis para o funcionamento das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), como respiradores, monitores, raio-x portátil e toda a central de gases (oxigênio). Também houve o reparo do aparelho de tomografia, que é fundamental para avaliação dos casos de Covid-19.
O prédio foi repensado para tratar pacientes com o novo coronavírus de forma vertical. O procedimento é utilizado em casos de epidemia e pandemia. Os casos mais graves vão para a UTI no quarto andar e, à medida que houver evolução na melhora do quadro, o paciente é transferido para os andares inferiores até receber alta. Essa estratégia facilita inclusive para os trabalhos de desinfecção da unidade.
No anexo, todos os 20 leitos contam com ventiladores, além de uma reserva técnica determinada em lei. Com um setor específico para atender pacientes com Covid-19, haverá uma racionalização no uso de equipamentos de proteção individual, os quais estão em falta no mundo. Além disso, libera leitos do Hospital Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro para receber pacientes com outras patologias.
Outra novidade é que a prefeitura comprou 20 mil testes rápidos que serão aplicados nos casos suspeitos. A expectativa é que sejam entregues nesta semana. Os testes rápidos realizam dois tipos de análise: o IGM, que verifica a fase aguda da doença e o IGG, que aponta se o indivíduo teve a Covid-19 e se já está imunizado.
“Quando pedimos para ficarem em casa, é porque o índice de transmissibilidade do vírus é alto e não teremos estrutura para atender a todos. O estudo que divulgamos projeta a existência de mais de 46 mil casos suspeitos até junho. Portanto, não vamos medir esforços para salvar vidas. Quando começamos as providências de afastamento, o pico estava em torno de 30% por dia, agora reduzimos para 5% e temos de manter essa redução. O pequeno alívio que temos hoje não significa que estamos fora do mal. Ele está aí, e se descumprirmos as regras teremos um futuro não muito bom. Minha recomendação é que cada um faça sua parte”, finalizou Odelmo Leão.