Nos 10 anos da Maternidade, Prefeitura realizará expansão do setor do Hospital Municipal
Neste mês de maio, além da comemoração do Dia das Mães, também é celebrado um dos principais capítulos da história da saúde pública em Uberlândia: a inauguração da Maternidade do Hospital Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro. Neste ano, a unidade completa 10 anos de serviços que são referência para a comunidade e a Prefeitura de Uberlândia realizará uma reforma e ampliação do setor de obstetrícia.
Foi no dia 8 de maio de 2011 que o prefeito Odelmo Leão inaugurou a Maternidade do Hospital Municipal, com a realização do primeiro parto no local. O dia também marcou a ampliação do trabalho especial de amparo, informação e estímulo junto às gestantes que fazem o pré-natal na rede pública.
“São 10 anos de história, inovações e serviços para a população de Uberlândia. Infelizmente, não poderemos fazer uma comemoração como gostaríamos. Mesmo assim, não podemos deixar de lembrar neste dia de todos os serviços prestados nestes anos, das crianças que nasceram na maternidade, do nosso trabalho em fazer um atendimento humanizado desde a descoberta da gravidez e também de todos os colaboradores, que são peças importantes para continuarmos oferecendo o melhor serviço em maternidade para nossas gestantes”, enfatizou o prefeito Odelmo Leão.
Administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), a Maternidade tem atualmente 31 leitos, dez de UTI neonatal, 10 de cuidados intermediários e cinco de enfermaria canguru. A Prefeitura de Uberlândia realizará uma reforma e ampliação do setor de obstetrícia da unidade, a fim de modernizar e aumentar a capacidade de atendimento. Para isso, deverá lançar, nos próximos dias, licitação pública para contratar projeto para esta expansão.
Nestes 10 anos de trabalho, mais de 30 mil partos foram realizados na unidade. Entre eles está o do pequeno Gael. A recepcionista Mariane Ramos, de 35 anos, deu à luz na Maternidade e contou que recebeu todos os cuidados desde o início. “Fiz o pré-natal na UBSF do Santa Luzia, onde participei de todas as consultas e fui informada onde seria o meu parto. Já havia decidido que gostaria de ter um parto normal e que fosse no Hospital Municipal, pela estrutura e referência. E isso me deixou mais tranquila, pois o Gael nasceu de 35 semanas. Estamos recebendo todos os cuidados, atenção necessária e estamos bem”, comemorou.
Atendimento humanizado
A descoberta da gravidez é um momento de várias mudanças na vida de uma mulher. Para desenvolver uma relação de compromisso e segurança durante este período, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Rede de Atenção à Saúde da Mulher e das equipes da Atenção Primária, prioriza o atendimento humanizado em todas as unidades da rede, a fim de oferecer acolhimento e as informações necessárias durante este período.
Segundo a coordenadora da rede municipal de Atenção à Saúde da Mulher, Sara Araújo Rocha Gonçalves, oferecer atendimento humanizado é garantir autonomia para a mulher durante a gestação. “É preciso dar todas as opções para a mãe. Humanizar não é aumentar a quantidade de partos normais, e sim dar diferentes possibilidades para a gestante entender o que é melhor para ela e o bebê e respeitar as suas decisões”, detalhou.
Por isso, o trabalho na rede municipal vai desde o acolhimento das mulheres que descobriram que serão mamães até a saída da Maternidade. Isso porque elas são inseridas nos grupos de acompanhamento das unidades de saúde, onde são repassadas informações indispensáveis para este momento, e também fazem uma visita à Maternidade. Durante a visita, conhecem as salas de pré-parto (que é onde permanecerão até o nascimento do bebê), os leitos de internação e o setor de UTI Neonatal. Devido à situação da pandemia, as reuniões com as gestantes estão acontecendo remotamente e as informações sobre a Maternidade são repassadas durante as consultas, já que as visitas não estão acontecendo neste período.
Além disso, após darem à luz, as gestantes têm a alta responsável, pois saem da unidade com as triagens neonatais realizadas e as consultas necessárias neste momento, tanto para a mãe quanto para o bebê, agendadas na unidade de saúde de referência. A Maternidade ainda oferece os cuidados do Leito Canguru, do Projeto Embalar, que consiste em redes de balanço nos berçários da UTI neonatal, e da Hidroterapia.
Esses cuidados terapêuticos, de acordo com a enfermeira clínica e coordenadora da Maternidade, Candice Cruvinel Saboia, ajudam no desenvolvimento e no bem-estar dos bebês logo nos primeiros dias de vida. “Quando a criança sai do útero ela passa por um processo de adaptação. As terapias que usamos na maternidade e na UTI ajudam a minimizar esse impacto, pois fortalecem o vínculo entre mãe e filho, ajudam na redução no tempo de internação e promovem relaxamento, ajudando também na redução do estresse ambiental após o nascimento, na melhora da qualidade do sono e na amamentação”.
Todo o trabalho desenvolvido pelas equipes da Atenção Primária e da Maternidade do Hospital Municipal são ações que garantem às mulheres e crianças um pré-natal de qualidade, um atendimento acolhedor, o respeito às decisões das gestantes e que tornam a Maternidade cada vez mais uma unidade de referência para a população.