Infestação do mosquito da dengue cai em Uberlândia
De acordo com o terceiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado no mês de outubro pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Uberlândia possui 1% de infestação. O índice é menor em relação à segunda pesquisa, feita em março, quando o levantamento apontou uma infestação de 2%.
Segundo o coordenador do Programa de Combate à Dengue, José Humberto Arruda, o índice atual está dentro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. “Mesmo assim, é preciso manter a atenção porque estamos no início do período chuvoso. O alto volume de água que chega com as precipitações ajuda a revitalizar muito rapidamente as condições de cada imóvel, deixando-o novamente pronto para reproduzir o mosquito transmissor. As ações de combate foram intensificadas e estão sendo eliminados cerca de 190 focos por dia”, disse.
Para fazer o levantamento, agentes de zoonoses visitaram imóveis em toda a cidade e colheram amostras de larvas suspeitas do mosquito da dengue para análise. As amostras foram identificadas com endereço, tipo de criadouro (baldes, bebedouros de animais, pratos de planta, entre outros) e local onde a larva foi encontrada (residência, comércio ou terreno baldio). A análise das amostras foi feita em laboratório do próprio CCZ.
O resultado da pesquisa indica que os focos do mosquito estão quase 100% concentrados dentro das residências. Os depósitos predominantes são as caixas de passagem, bebedouros de cães, ralos, baldes e vasos de planta.
“Esses depósitos são considerados fixos porque mesmo baldes e vasos de plantas que têm facilidade de manejo acabam sendo fixos, pois na maioria dos casos não temos a permissão do morador para remover o criadouro. As caixas de passagens são consideradas depósitos artificiais porque muitos dos focos encontrados existem em função da colocação artificial da água de torneira. Para esse criadouro, temos como solução a colocação de brita que permite o uso normal da caixa e impede a infestação pelo transmissor. Já no caso dos bebedouros de cães, só nos resta orientar a sociedade para ter precaução”, explicou Arruda.
Ainda de acordo com a Arruda, a ausência de focos em terrenos baldios se explica pelos trabalhos do Programa Cidade Limpa, que juntamente com outras ações realizadas pela Prefeitura, contribuem na redução dos criadouros em terrenos baldios e quintais. O coordenador do Programa de Combate à Dengue enfatiza que houve também uma redução de focos em nível elevado. “Graças à vedação das caixas de água pelos nossos agentes, esse tipo de recipiente deixou de reproduzir o transmissor, eliminando em definitivo o maior criadouro suspenso instalado na área urbana”, acrescentou.
|
|
Fonte: SECOM