Inauguração do CIM representa maior enfrentamento à violência

Uma parceria entre a Prefeitura de Uberlândia, a Polícia Civil e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais possibilitou a criação de um instrumento unificado de proteção e defesa das mulheres. Na manhã desta sexta-feira (18), o prefeito Odelmo Leão, autoridades e representantes de entidades, participaram da cerimônia de entrega do Centro Integrado da Mulher (CIM), que reúne ações e medidas para otimizar a prestação de serviços de amparo a mulheres vítimas de violência ou em situação de vulnerabilidade.

O atendimento em diversas áreas será oferecido em um lugar exclusivo. Se antes os órgãos destinados ao enfrentamento da exploração e à defesa das mulheres funcionavam em locais distintos da cidade, a partir de agora, poderão ser encontrados em um único endereço: rua Cruzeiro dos Peixotos, 557, na região central.

“É um equipamento que funcionará em rede e proporcionará a diminuição dos índices de violência contra as mulheres. Esta integração potencializará a resolução de conflitos de modo ágil e contribuirá para a consolidação de políticas públicas voltadas para a proteção do público feminino”, expôs Odelmo Leão.

O CIM agregará a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais e o Núcleo de Apoio à Mulher, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest). As três instituições continuarão a desenvolver diretrizes de assistência e garantia dos direitos, com orientações, encaminhamentos e apoio psicossocial às usuárias.

“Esta unificação representa um avanço no atendimento prestado na cidade. Tudo para proporcionar ainda mais conforto, dignidade e segurança às mulheres que aqui vivem e passam por situações de violência. O novo equipamento representa a atuação constante da administração municipal, em conjunto com órgãos de segurança pública, poderes legislativo e judiciário para cuidar das nossas cidadãs”, explicou Iracema Barbosa Marques, secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho.

Bárbara Bissochi, coordenadora regional da Defensoria Pública, participou da solenidade e do descerramento da placa inaugural do espaço unificado, ao lado do prefeito Odelmo Leão e outras autoridades. Ela destacou a importância de iniciativas que resguardam as mulheres e agregam o trabalho de instituições que atuam neste segmento.

“Acredito que a violação dos diretos femininos representa uma das formas mais cruéis de violência, porque afeta a sociedade, formada pela estrutura familiar, muitas vezes sustentada pelas mulheres. E esta integração vista no CIM é um implemento imenso para a defesa das cidadãs. Temos como missão constitucional garantir a dignidade, igualdade e cidadania”, contou.

O Centro Integrado da Mulher conta com recepção, nove salas (da delegada, da Defensoria Pública, do Núcleo de Apoio à Mulher, de atendimento individual, dos escrivães, de reunião, para atendimento médico e de agentes da Polícia Civil), além de copa, cozinha, estacionamento e banheiros. Atuará em consonância com o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, previsto como mecanismo de consolidação de políticas, implementação e aplicabilidade plena da Lei Maria da Penha* – instituída em 2006 para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres.

BemSocial

Outros equipamentos darão suporte às ações do CIM. Os BemSocial, conjunto de instalações da Prefeitura de Uberlândia onde são desenvolvidos  projetos e ações de assistência social, estarão à disposição para reinserção, qualificação e acompanhamento das mulheres atendidas pelo Centro Integrado. Os Centros Profissionalizantes, Núcleos de Assistência Integral às Crianças e aos Adolescentes (Naicas) e Casas da Família oferecerão apoio profissional, atividades aos filhos em períodos de extra-turno e orientações às famílias para proteger e resguardar as mulheres vítimas de violência.

*Maria da Penha protagonizou um caso simbólico de violência doméstica e familiar contra a mulher. Em 1983, por duas vezes, o marido tentou assassiná-la. Na primeira vez por arma de fogo e na segunda por eletrocussão e afogamento. As tentativas de homicídio resultaram em lesões irreversíveis à sua saúde, como paraplegia e outras sequelas. Maria da Penha transformou dor em luta, tragédia em solidariedade.

Fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres, disponível no endereço eletrônico http://www.sepm.gov.br