Ações para a comunidade marcam o mês prevenção da hanseníase
Manchas dormentes de cor esbranquiçada, avermelhada ou parda são um dos principais sintomas da hanseníase – doença crônica e transmissível que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Para divulgar a importância dos sinais e sintomas ainda no início, bem como tratamento e cura, a Secretaria Municipal de Saúde intensifica os trabalhos com a comunidade em alusão ao Janeiro Roxo, marcado pelo Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase (27).
As ações acontecem de 21 a 25 de janeiro em todas as unidades de saúde da rede. Para marcar a abertura dessa semana especial, as equipes das UBSFs Lagoinha I e II realizarão uma blitz educativa na segunda-feira (21). Das 8h às 10h, os profissionais estarão na rua Pio XII com a avenida Coronel Antônio Alves orientando a população.
“A mobilização é direcionada àqueles que vivem na região e também a quem passa por ali. O objetivo é alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas, incentivar a procura precoce pelos serviços de saúde e mobilizar os profissionais quanto a busca ativa de casos novos”, contou a coordenadora de uma das equipes da unidade, Kênia Silva Santos.
Durante toda a semana, as unidades também farão orientações nas salas de espera de consulta e abordagens técnicas com os pacientes no decorrer das atividades diárias das equipes. O fechamento da semana acontece na sexta-feira (25), das 14h às 16h, também com uma blitz educativa com as equipes das UBSFs São Gabriel, Campo Alegre e São Jorge IV. Também será exibido um filme educativo sobre sinais e sintomas nos terminais de ônibus (Central/ Umuarama/ Santa Luzia/ Planalto/ Industrial e Novo Mundo).
Sobre a doença
A hanseníase é causada por um parasita (Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen) que ataca a pele e os nervos em volta da área afetada. É infecto-contagiosa e se manifesta principalmente por meio de lesões na face, mãos, braços, pernas, costas e pés. Dor, sensibilidade, aparecimento de manchas brancas e vermelhas, dormência e perda de força nos músculos são alguns dos seus principais sintomas.
Ainda que o tempo de multiplicação do bacilo seja lento (em média de 11 a 16 dias), o parasita pode permanecer no organismo humano de 2 a 7 anos. É transmitido de uma pessoa por via respiratória (espirro e tosse), especialmente por meio do convívio íntimo e prolongado.
Sinais e sintomas:
– Áreas na pele que ficam secas, sem pelo, sem suor e com perda de sensibilidade;
– Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, e caroços na pele;
– Dormência e/ou formigamento, que podem ser percebidos como coceiras, ardência, em qualquer parte do corpo, principalmente em pés e mãos;
– Dor nos nervos responsáveis pela sensibilidade e a força nos braços e pernas;
O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento adequado evitam a evolução da doença. Se não tratada, a enfermidade pode provocar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades nos pés, olhos e mãos. O tratamento é gratuito e está disponível nas unidades de saúde da rede pública.
SECOM