Acidentes com animais peçonhentos: sintomas e o que fazer

A vigilância dos Acidentes Por Animais Peçonhentos é realizada a partir dos casos notificados por unidades de saúde públicas e privadas.

Sintomas da picada de aranha: variam de acordo com a espécie de aranha sendo as principais aranhas a Armadeira, Marrom, Viúva Negra, Caranguegeira. Os sintomas mais comuns entre as espécies citadas são dor, náuseas, confusão mental, inchaço salivação, convulsões. No caso da aranha Viúva Negra alterações na pressão e batimentos cardíacos e necrose. No caso da aranha Marrom necrose no local da picada, febre e urina de cor escura.

Os Sintomas da picada de cobra: também variam de acordo com a espécie, sendo as principais no Brasil as picadas por Cascavel, Surucucu, Jararaca e Coral Verdadeira. Os sintomas predominantes são diferenciados, incluem inchaço, visão turva, falta de ar com dificuldades para engolir e no caso da Surucucu diarréia e alteração de batimentos cardíacos.

Sintomas da picada de escorpião: além da dor como principal sintoma notado pelos pacientes, estão a alteração da temperatura corporal que abaixa, alteração cardíaca dificuldades para respirar, sudorese e vômitos.

Sintomas da picada de abelha: a quantidade de picadas determina a reação, quanto maior o número; maiores os sintomas que incluem calor, vermelhidão, e nos casos mais graves choque, insuficiências respiratória, cardíaca e renal.

Sintomas da picada de lacraia: Dor intensa, calafrios, inchaço, tremores.

Sintomas de contato com lagarta ou taturana: forte dor e “queimação” local, o local fica avermelhado. Como efeitos não percebidos de imediato estão hemorragias, sangue na urina, necrose no local, sangramento de gengiva.

Primeiros Socorros
Os primeiros socorros visam auxiliar no rápido atendimento e maior qualidade na recuperação da vítima:
Levar imediatamente ao Pronto Socorro/Pronto Atendimento, preferencialmente leve o animal ofensor para que o médio identifique o soro mais eficiente para cada caso, os soros variam conforme o animal. Em Uberlândia a referência é a UAI Pampulha. No decorrer do transporte e socorro remova objetos de uso pessoal que impeçam a circulação
como roupas apertadas, jóias e bijuterias que podem prender com o inchaço e dificultam a agilidade médica quando do atendimento, evite movimentação própria do paciente, transporte-o em repouso. Não aplique borras de folhagens e outros mantenha o local da picada limpo, e se possível lavar com água abundante, soro fisiológico, no decorrer do transporte também observe as reações para listá-las ao médico na chegada da unidade de atendimento. Não tente succionar o veneno nem espremer a picada.

Soroterapia é o tratamento indicado para neutralizar o veneno ou toxinas do animal. Trata-se de aplicação de soro específico para cada veneno, o soro contémanticorpos (células que cumprem o papel de defesa do organismo) no paciente. Por isto é essencial agilizar o tempo de acesso a emergência. Evite atrasar com a tentativa de reparos caseiros, somente o soro correto, que não é vendido em farmácias, pode melhorar e até mesmo salvar o paciente. Somente o médico da emergência pode avaliar e orientar a conduta.

Procure estar sempre informado onde no seu município são atendidos os casos de picadas por animais peçonhentos para ganhar tempo no socorro: chegando o local correto no menor tempo possível. Os Problemas médicos que incluem respiração, alterações cardíacas e renais podem levar até ao óbito, eviteo costume de “esperar para ver se precisa”. Leve o paciente imediatamente ao pronto atendimento que contenha o soro. A atitude de quem socorre pode salvar vidas.